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Kallandradstyle Life's gold!

Minha alma grita por tuas palavras e não ouves a agonizante voz que vos clama? Até quando gritarei para o vazio? Até quando renegarás meu clamor? Até quando... (By Kaliu Andrade.)

sexta-feira, maio 12, 2006

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"Eu,Lolita de 15.Para os de 40."
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Foi tão intenso quando começou. Ela uma menina. Ele um homem. Era impossível saber quem era quem naquela história. Ela, que a cada dia amadurecia e tranformava-se. Ele que comportava-se cada vez mais semelhante a um adolescente. Essa era a inversão de papéis que aquelas pessoas acompanhavam. Todos os que o viam,comentavam.Cochichavam.
Como era possível em tão pouco tempo uma mudança tão grande. Ele estava mais jovial. Ela mais graciosa.Mais sensual! Seu rosto angelical e suas curvas simétricas,realmente eram de tirar o fôlego.E o olhar! Esse olhar fora o culpado.Olhar tentador.Despudorado! Uns duvidavam que aquilo fosse amor,era tão irreal.Diziam ser um amor de verão ou até dois,não mais que isso! Ele sempre fora um homem sério,respeitado por todos naquele vilarejo.
Ela uma das muitas garotas que passavam férias naquele lugar. Marco Antônio,esse era o nome dele!Circulava livremente pelos 40,despreocupado,também com um porte atlético e com uma virilidade de dar inveja em qualquer um,pudera!Sua sensualidade estava na simplicidade que muitas vezes confundia-se com a rusticidade que possuía.
Júlia era a garota dos sonhos de todo rapaz e nos tempos modernos de qualquer um que aprecie a beleza feminina.Pele branquinha,delicada,macia! Cabelos lisos acastanhados,olhos amendoados,lábios carnudos.Rosto angelical.E o seu corpo era tão maduro que não fazia jus a sua pouca idade,a seus quinze anos.Era um corpo dosado de curvas e muito bem dosado.
Os comentários que surgiram foi que se conheceram na pracinha do vilarejo em uma noite de chuva.Marco Antônio voltava para casa quando a chuva o separou de seu destino e o obrigou a abrigar-se no coreto da pracinha.E ali estava ela.Linda.Bela.Angelical!Era Júlia no auge de sua beleza realçada por uma blusa branca semi-aberta que brincava de esconde-esconde com os olhos que a descobria,sua saia plissada,curtinha era na cor vermelha e realçava sua pele,tornando-a mais bela,mais sensual...Que visão o atormentava naquele momento.Era uma guerra de desejo e pudor que acontecia ali.
Se não fosse aquele olhar,diria se tratar de um anjo,mas esse olhar o devorava,o consumia,ele sentia-se nu!Completamente vulnerável aquela menina.
Não fora necessário uma palavra,pois seus olhos encontraram-se. Eram cúmplices.Sabiam o que ansiavam.O que queriam naquele instante.
O ambiente passava a ser mágico.O olhar devorador demais para que esperassem.O desejo,os consumia a cada segundo perdido.
Perderam o pudor.Seus lábios.Suas mãos não podiam esperar mais.
Ele tocava aquele corpo em horas delicadamente e em outras voraz,suplicante!
Ela cravava-lhe as unhas nas costas de maneira tão alucinante e sedutora que o fazia gozar dos prazeres mais intensos.
Ouvia-se ao redor seus gritos,seus sussurros de prazer que soavam como trilha sonora daquele momento tão único,tão seu!
Ele a possuía ali,naquele coreto,encostada nas grades frias.
Júlia experimentava o melhor descobrimento de sua vida,era o prazer que invadia-lhe de forma despudorada e a levava ao torpor desse prazer.
Foram minutos,ali,entre os sussurros,as gotas da chuva,os toques,o cheiro de terra molhada que confundiam-se com o cheiro maravilhoso de sexo fresco,recém descoberto.
Aquelas mãos percorriam cada centímetro de um corpo novo,inexplorado que permitia-se guiar contra um corpo sedento de prazer.Era difícil saber que era quem ali!
Terminava da mesma forma que iniciara,mudos.Desfalecidos.Sem nenhuma palavra.Somente olhares, que agora compartilhavam uma mesma satisfação,um mesmo prazer.Nem um adeus,nem um..
Comenta-se que os viam sempre voltar ao mesmo lugar e ali Antônio despia-se de seus pudores e entregava-se ao amor,não aquele amor do qual muitos falam,mais poucos conhecem.Ele entregava-se ao amor carnal que o libertava do cárcere,da prisão,de uma vida sem aventuras,sem inusitados!
A verdade é que nunca mais foram vistos ali,talvez essa história não passe de mais uma entre as milhares que acontecem todos os dias em todos os lugares ou quem sabe seja fruto de uma imaginação fértil e de uma alma sedenta, que anseia por viver mais um ou o seu primeiro amor,livre das amarras do pudor,da responsabilidade.Para que ali entregue-se com paixão.Com desejo.Com vontade.Com tesão.Com amor!
E o que é o amor se não todas essas e mais algumas sensações?
E o que é o amor se não tudo o que deseja-se em alguém?
E o que é o amor se não a emoção de amar!

Kaliu Andrade!

terça-feira, maio 09, 2006

Cenas de um "crime".


Olhem só esse diálogo que ouvi em uma das grandes viagens diárias que faço de ônibus em minha cidade.
Estava eu ali como em qualquer outra dessas viagens chatas que você implora pra sair o mais rápido possível. Sentado ao lado de uma senhora gorda com seus 60anos bem vividos,notados pelas marcas do tempo.Depois descobriria que seu nome era Marry e sua comadre Esperança. Magra. Cadavérica. Coitada, o oposto da outra. Imaginem a conversa que se sucedeu de repente:

-Difícil né? Pois é minina e olha que foi assim mesmo!
-Mentira! Mas que coisa feia! Massss e ela?
-Ficou em frangalhos. Não conseguiu nem levantar a cabeça. E ele nem se preocupou fez aquilo ali na cozinha mesmo,não deixava nem ela suspirar direito.
-Poxa não sei como ele conseguiu, pensei jamais ter coragem.
-Nem me fale, nunca pude imaginar o Manoel desse jeito, nem que fizesse tanto barulho.
-A senhora ouviuuuuu?
-Clarooo né Esperancita! Ouvi quando ela gritava loucamente e ele sussurrava bem baixinho.
-Que bandido!Valei-me minha nossa senhora! E o que mais ele fez?
-Vixe, teve uma hora que ela parou de gritar e só se ouvia a respiração ofegante dele. Me escondi rapidamente por que ele vinha saindo todo suado e sem camisa de lá e não pude deixar de ver a cara de contentamento que ele tinha.
-Como assim? E você não fez nada?
-Como? Eu ia fazer o que? Já fora feito não voltaria jamais.
-Mas ouve só! Ele não me flagrou?
-Como ele viu a senhora comadre?
-Sei lá minina, só sei que ele gritou para que eu reparasse ela, pois já tava quase toda assada, mas faltava mais um pouco.Não se dava por satisfeito.
-Que descarado! Falar isso na sua frente! E ai Maria bateste nele não foi?
-Ta ficando doida Esperancita já te falei que meu nome não é Maria,é MARRY! MARRY!
-Tá bom! Continua! O que fizeste?
-Fiquei apavorada demais pra isso. Ele falou assim:
- olha mulher vai lá e dá uma forcinha.
-Me diz! Como eu ia entrar com ela naquele estado?
-Sim comadre,entrando né! Mas quem era ela?
-Poxa minina você não tem piedade mesmo né!Pra que quer saber o nome dela, já não basta o que a coitada teve que passar!
-Ah, mas é claro que eu quero saber sim! Meu marido comeu ela também, tenho o direito de saber!
-Ta bom!
-Quando entrei, ela encontrava-se deitada, nua, completamente melada. Seu corpo não resistiu. Me deu pena,mas sobrou pra mim o serviço maior,terminar tudo o que ele começou.Faltava enfiar mais coisas dentro dela,o que ele fez não foi suficiente.
-O que? Comadre a senhora ta me assustando. Fez o queeeeee???
-Ela ficou mais gostosa não foi? Depois de tudo isso é inegável e olha que era novinha e fogosa a danada!Seu marido bem que só era elogios a ela.
-Dessa parte ai eu não gostei!Mas fala o nome dela vai!
-Era a joanna e só tinha seis anos na família.Mas era preciso né comadre porque se não, não teria jantar!
Imaginem agora o ônibus lotado de passageiros a espera do desfecho da história e injuriados com tamanha barbárie. E os olhares e ouvidos que espichavam-se para captar melhor a mensagem agora descansavam aliviados.E a viagem seguiu seu curso mais que tranqüila e monótona.

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Local: Belem, Pa, Brazil

Jornalista por formação e mil e uma utilidades no ramo da Comunicação percorrendo facilmente o campo da assessoria de imprensa, como assessoria de eventos e fotografia, layouts e textos, além de passagens e offs na medida que as horas do dia correm. Afinal, jornalista que é jornalista trabalha no mínimo 48h por dia.